Impacto do programa educa e nutre como recurso de orientação alimentar para crianças
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Ações de educação alimentar e nutricional que incentivem a promoção da alimentação saudável para crianças da educação infantil são de extrema importância para a construção de hábitos alimentares na vida adulta e o ambiente escolar é bastante propício às estas ações. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi desenvolver ações educativas ligadas à alimentação para promoção de hábitos alimentares saudáveis para crianças da educação infantil pertencentes a uma escola privada em São Paulo. Trata-se de um estudo de intervenção com 187 crianças de quatro a seis anos do ensino infantil de uma escola privada em São Paulo. Após aceite e autorização dos pais e/ou responsáveis por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as crianças participaram de sete atividades lúdicas com alimentos e preparações que incentivaram o maior conhecimento das frutas, verduras e legumes, bem como a promoção de hábitos alimentares saudáveis. De modo geral, as crianças tem bom conhecimento sobre os alimentos, em especial, as frutas. Quanto à aceitação dos alimentos, os legumes apresentaram baixa aceitação enquanto que as frutas foram bem mais aceitas. As atividades práticas parecem aumentar a aceitação de alimentos e preparações com verduras e legumes. Conclui-se, portanto, que as atividades lúdicas propostas foram bem compreendidas e aderidas pelas crianças, que mostraram bastante interesse e participação. Pelos critérios utilizados, avalia-se que houve um impacto positivo no conhecimento dos alimentos e na aceitação dos mesmos. Sugere-se que ações contínuas de educação alimentar e nutricional para crianças devam fazer parte de sua rotina no ambiente escolar.
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaração de Direito Autoral - Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam na Advances in Nutritional Sciences concordam com os seguintes termos: 1 - Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. 2 - Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. 3 - Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Este é um artigo de acesso aberto sob a licença CC- BY
(http://creativecommons.org/licenses/by/4.0)
Referências
Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009: Antropometria, estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Brasília (DF): IBGE, 2010. 136p.
Barreto ACNG, Brasil LMP, Maranhão HS. Sobrepeso: uma realidade no estado nutricional de pré-escolares de Natal, RN. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53(4):311-6.
Duncan BB, Chor D, Aquino EML L, Bensenor IM, Mill JG, Schmidt MI et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e investigação. Rev. Saúde Pública. 2012; 46(Suppl 1): 126-34.
Carmo MCL; Castro LCV. Educação nutricional para pré-escolares: uma ferramenta de intervenção. R. Eletr. de Extensão. 2014; 11(18): 66-79.
Fiates GMR, Amboni RDMC.; Teixeira E. Comportamento consumidor, hábitos alimentares e consumo de televisão por escolares de Florianópolis. Rev Nutr. 2008; 21(1): 105-14.
Camozzi1 ABQ, Monego ET, Menezes IHCF, Silva POS. Promoção da Alimentação Saudável na Escola: realidade ou utopia? Healthy eating promotion at school: reality or an utopy? Cad. Saúde Colet., 2015, 23 (1): 32-7.
Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de atividades: Promoção da Alimentação Adequada e Saudável: Educação Infantil / Ministério da Saúde, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 92 p
Silveira, JAC, Taddei JAAC, Guerra, Paulo H, Nobre, MR. C A efetividade de intervenções de educação nutricional nas escolas para prevenção e redução do ganho excessivo de peso em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática J. Pediatr. (Rio J.). 2011; 87(5): 382-92.
Melo KM, Cruz ACP, Brito MFSF, Pinho L. Influência do comportamento dos pais durante a refeição e no excesso de peso na infância. Esc. Anna Nery. 2017; 21(4): e20170102.
Costa GG, Dias LG, Borghetti CBG, Fortes RC. Efeitos da educação nutricional em pré-escolares. Com. Ciências Saúde. 2013; 4(2): 155-68.
Ramos FP, Santos LAS, Reis ABC. Educação alimentar e nutricional em escolares: uma revisão de literatura. Cad Saúde Pública. 2013; 29(11):2147-61.
Fernandes PS., Bernardo CO, Campos RMMB, Vasconcelos, FAG. Avaliação do efeito da educação nutricional na prevalência de sobrepeso/obesidade e no consumo alimentar de escolares do ensino fundamental. J Ped. 2009; 85 (4): 315-21.
Marin T, Berton P, Santo LKRE. Educação nutricional e alimentar: por uma correta formação dos hábitos alimentares. Rev Fapciência. 2009; 3(7): 72-8.
Magalhaes HHSR, Porte LHM. Percepção de educadores infantis sobre educação alimentar e nutricional. Ciênc. educ. (Bauru). 2019; 25(1): 131-44.
Santana RF, Oliveira AP, Araújo DE, Miranda AS, Santos RN. Intervenções de educação alimentar e nutricional para crianças de uma fundação pública em Vitória da Conquista-BA: construindo novos hábitos alimentares. Rev Extendere. 2015; 3(1): 8-19.
Beauchamp GK, Moran M. Dietary experience and sweet taste preference in human infants. Appetite. 1982; 3(2), 139–152.
Vieira KPM, de Souza, FP, Jacob, MCM. A contação de histórias como ferramenta para ações de Educação Alimentar e Nutricional no âmbito da Educação Infantil. Rev Assoc Bras Nutrição – RASBRAN. 2018; 9(2), 25-31.
MELO GPAN. A ludicidade como recurso pedagógico na Educação Infantil. PróDiscente: Caderno de Produção Acadêmico-Científica.2018; 24(1): 29- 43.
Franciscato SJ, Janson G, Machado R, Lauris JRP, Andrade SMJ, Fisberg M. Impacto do Programa de educação nutricional "Nutriamigos®" nos níveis de conhecimento sobre alimentação saudável em crianças escolares. J Hum Growth Dev. 2019; 29(3):390-402.
Costa MC, Sampaio EV, Zanirati VF, Lopes ACS, Santos LC. Experiência lúdica de promoção de alimentação saudável no ambiente escolar: satisfação e aprendizado dos estudantes. O mundo da Saúde. 2016; 40(1): 38-50.
Prado B, Fortes E, Lopes M, Guimarães, L. Ações de educação alimentar e nutricional para escolares: um relato de experiência. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 2016; 11(2), 369-82.
Duran L, Costell E. Perception of taste. Physiochemical and psychophysical aspects. Food Sci. Tech. Int. 1999; 5(4):299-09.