Hábitos alimentares de indivíduos com síndrome de Down

Conteúdo do artigo principal

Yuri Castro Saito
Alíria Corcino Duarte Sousa
Ana Cristina de Castro Pereira Santos

Resumo

Pessoas com Síndrome de Down (SD) possuem maior chance de desenvolver algumas doenças,  ressaltando a importância de uma dieta adequada e suficiente. Os maus hábitos alimentares, juntamente com a vida sedentária, prejudicam esses indivíduos que precisam de bons aportes de nutrientes, que não só ajudam no tratamento mas também na prevenção de possíveis doenças futuras. Nota-se a necessidade do profissional nutricionista, visando orientar, aconselhar e acompanhar o público com SD mantendo a homeostase do sistema, diminuindo carências nutricionais e riscos de obesidade e sobrepeso, visto que, nesse público há uma alta prevalência no consumo de alimentos industrializados e baixo nível de atividade física. A pesquisa teve como foco analisar os dados pessoais, familiares e os principais grupos alimentares de consumo de 100 indivíduos com SD, através de um formulário que visa mensurar a quantidade e a frequência de alimentos in natura e ultraprocessados. Concluiu-se após análise feita sobre o consumo alimentar de pessoas com SD que, mesmo com um resultado positivo e um consumo médio de 78% de frutas e 84% de hortaliças e tubérculos, ainda houve um consumo de 45,71% de alimentos ultraprocessados e um resultado de 70,6% no IMC de 12 indivíduos da amostra, com idade superior a 18 anos, demonstrando sobrepeso e obesidade, o que revelou a importância de um acompanhamento nutricional adequado e um maior controle no consumo de alimentos industrializados.

Detalhes do artigo

Como Citar
Castro Saito, Y., Corcino Duarte Sousa, A. ., & de Castro Pereira Santos, A. C. . (2021). Hábitos alimentares de indivíduos com síndrome de Down. Advances in Nutritional Sciences, 2(1), e0332021, 1–9. https://doi.org/10.47693/ans.v2i1.33
Seção
Artigo original
Biografia do Autor

Yuri Castro Saito, Centro Universitário de Brasília

Graduando do curso de Nutrição no Centro Universitário de  Brasília, Brasília - Distrito Federal – Brasil

Alíria Corcino Duarte Sousa, Graduanda do curso de Nutrição no Centro Universitário de Brasília, Brasília - Distrito Federal – Brasil

Graduanda do curso de Nutrição no Centro Universitário de  Brasília, Brasília - Distrito Federal – Brasil

Ana Cristina de Castro Pereira Santos, Professora do curso de Nutrição no Centro Universitário de Brasília, Brasília - Distrito Federal – Brasil

Mestre em Nutrição e Saúde UFG. Especialista em Nutrição Clínica UFG. Professora do CEUB, Brasília- DF - Brasil. 

Referências

Franco M, et. al. Patologia Processos Gerais. 6a ed. São Paulo: Atheneu, 2015.

Gama J F Guia de Abordagem Transdisciplinar na Síndrome de Down (T21). Macéio: IEPSIS - Instituto de Educação e Pesquisa em Saúde e Inclusão Social, 2018.

Santos G G, de Sousa J B, Elias B C. Avaliação antropométrica e frequência alimentar em portadores de síndrome de Down. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde. 2011; 15(3), 97-108.

Korenberg J R, Chen X N, Schipper R, Sun Z, Gonsky R, Gerwehr S, et. al. Down syndrome phenotypes: the consequences of chromosomal imbalance. Proceedings of the National Academy of Sciences.1994; 91(11), 4997-5001.

MustacchI Z; Salmona P; MustacchI R. Trissomia 21 (Síndrome de Down): nutrição, educação e saúde. São Paulo: Memnon Edições Científicas Ltda, 2017.

de Oliveira N D, da Silva E B, de Lima Moura R, Dantas E N D A, Silva J C, Cordeiro S A, et. al. Cuidados Nutricionais em Portadores de Síndrome de Down: uma Revisão de Literatura. International Journal of Nutrology. 2018.; 11(S 01), Trab277.

Thiel R, Fowkes S W. Down syndrome and thyroid dysfunction: should nutritional support be the first-line treatment? Medical hypotheses. 2007; 69(4), 809-815.

Torres A, Lima L. Síndrome de Down e autismo. Brasília: Alimentação e suplementação baseada em evidências. 2018.

Galdina A P. A importância do cuidado nutricional na síndrome de Down. 2012.

Silva M D F M C, Kleinhans A C D S. Processos cognitivos e plasticidade cerebral na Síndrome de Down. Revista Brasileira de educação especial. 2006; 12(1), 123-138.

Giaretta A, Ghiorzi A D R. O ato de comer e as pessoas com Síndrome de Down. Revista Brasileira de Enfermagem. 2009; 62(3), 480-484.

Coelho C D F, Burini R C. Atividade física para prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis e da incapacidade funcional. Revista de Nutrição. 2009; 22(6), 937-946.

Theodoro L R, Blascovi-Assis S M. Síndrome de Down: associação de fatores clínicos e alimentares em adolescentes com sobrepeso e obesidade. Psicologia: teoria e prática. 2009; 11(1), 189-194.

Silva J C A, Sousa F D C A, Silva R C C. A importância da alimentação em pessoas com síndrome de down–uma revisão. Revista Ciência & Saberes-UniFacema.2017; 3(3), 636-641.

da Silva F G, Miraglia F. Análise do consumo alimentar em indivíduos com síndrome de Down da região metropolitana de Porto Alegre. Cinergis 2017; 18(2), 93-98.

Farias de Queiroz M, De Santana Cirilo M A, Silva Viana M G, Cavalcante Galvão G K, Guimarães Negrmonte A, Andrade Figueiredo M. Perfil nutricional de portadores de síndrome de Down no agreste de Pernambuco. Nutr Clín Diet Hosp. 2016; 36(3), 122-9.

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica - ABESO. Diretrizes brasileiras de obesidade. São Paulo: ABESO. 2019.

Ceccatto D, Spinelli R B, Zanardo V P S, Ribeiro L A, Erechim U R I. A influência da mídia no consumo alimentar infantil: uma revisão da literatura. CONSELHO EDITORIAL. 2018; 141-149.